SEM PALAVRAS

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2006-09-14

FOTOS


A fotografia digital foi a minha salvação. A minha paixão estava a tornar-se muito cara. As revelações eram más e não permitiam rectificações. Estragaram-me rolos porque não se aperceberam que eram 400 ASA ou porque acharam que os amarelos (eu tinha comprado um rolo para os realçar) estavam demasiado vivos.

Assim, embora a qualidade no papel ainda se distinga, pelo menos com o equipamento que uso, no ecrã já fazem a mesma figura. E há a possibilidade de as trabalhar em computador. Por vezes ficam piores, outras não.

O meu prazer começa logo ao pensar tirar a fotografia. O enquadramento, a luz, o zoom, tudo a que tenho direito. E não me contento com uma só. Tiro várias e, nalgumas raras ocasiões, fico com o agradável problema de não saber qual eliminar. O visionamento crítico é outra coisa de que gosto. Escolher as que serão apagadas, as que podem ser trabalhadas, as que serão adulteradas e as que passam a preto e branco. Por fim, passá-las pelo programa do computador para as emendas possíveis. Aqui, podem surgir novas fotos, graças a um novo enquadramento, ao realce ou ausência de cor. Uma infinidade de opções.

Mas há uma coisa que me irrita. É mostrar aquela que me deu mais trabalho, a que eu julgo mais conseguida e ouvir "huum... não está mal". Digam-me que não gostam, que adoram, que está boa ou que está uma merda, mas... a indiferença ou a caridade dão cabo de mim.

Assim, já sabes. Diz o que te apetecer, desde que não digas o que não gosto ;)

3 comentários:

Anónimo disse...

huum...as nuances do meu cabelo até parecem encarnadas. afinal quero isto a preto e branco. e nada de computador, photoshop e tal... não foi para isso que esperei pelas manhãs de nevoeiro.
volto noutro dia para ver se já está como a quero.
não se ofenda...assim não estava mal de todo...
:)

kimporta disse...

Se bem entendi, gostas das fotos tal como as tiras. É uma opção, mas quanto a mim, ficas limitada.
Não vejo inconvenientes, antes pelo contrário, em usarmos a técnica ao nosso alcance para melhorarmos o produto final. Se o conseguimos, isso é outro problema.
Penso que é um pouco como um escultor que se recusa a usar uma cortadora eléctrica, por achar que é mais "verdadeiro" se usar martelo e escopro ou cinzel.
No campo das artes, dentro de limites lógicos, obviamente, não me preocupam os meios se o que se tem em vista é o fim, a obra acabada.

Ou não percebi o que querias dizer?

Anónimo disse...

de acordo, excepto quanto ao 1º parágrafo...