SEM PALAVRAS

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2006-09-21

BANG BANG

bang bang booom pum pum arf crack blam buzz caiiim spot tchaf clamp splash crackle crunch ding dong posh grunt honk honk miau mumble plop roaaar trrriiim blomp sbam buizz schranch slam puff puff slurp smack gulp aaaah sprank blomp huuum squit swoom bum thump iaaauuu plack piu clang tomp smash trac uaaagh vrooom yuk spliff augh zing slap nhoc zooom grrrrr sock toc toc pssst tumba boing splash trak yaaah nham plof zas traz shoot xiiiu plim plim uau aaargh catrapum zzzzzzzzzzzzzzz

Já tenho a banda sonora, só me faltam as imagens para o filme da minha vida.

2006-09-20

O TEMPO

Tenho consciência que o tempo não me vai chegar para tudo. Não me refiro ao dia-a-dia. Quero mesmo significar que o tempo de uma vida, o que me resta dela, não é suficiente para todas as coisas que eu gostava de fazer e usufruir.

Nunca tiveste dúvidas entre um autor conhecido e outro desconhecido e não arriscares e optares pelo que já te deu provas? É isso que eu lamento. Se não vou conseguir conhecer todas as obras de todos os autores de que gosto (estou a referir-me à música, à literatura, à pintura e a tudo o que me dá gozo), porque vou arriscar num autor que não conheço?

E sinto que perco com isso. Há, de certeza, novos valores a surgirem todos os dias. Quantos não me passarão ao lado por este motivo? Evidentemente, acontece alguém recomendar-me algum, em especial. Mas se venho a gostar dele, só aumenta a minha insatisfação. Como farei para o juntar a todos os que tenho como referência e dos quais me apetece conhecer a obra completa?

Já devia estar reformado e a aproveitar ao máximo as coisas. Há tanto para conhecer e tão pouco tempo para o fazer!

2006-09-19

PRECONCEITOS

Penso que a maior parte de nós tenta fugir deles. Ninguém dirá que é preconceituoso. E acredita no que diz. O problema reside naqueles que nos foram inculcados desde a infância, que não identificamos como tais, e que continuam a ser perpetuados por nós, pelos órgãos de comunicação social e por pessoas com responsabilidades acrescidas. (O Papa, por exemplo, explicou-se mal? Foi um erro de linguagem? Foi propositado? Ou deixou fugir uma ideia que tinha há muito no subconsciente?).

Mas não te quero falar das grandes figuras. Essas assumirão perante a história e perante os homens os seus preconceitos. O que me assusta somos nós, no dia a dia, a deixarmo-nos levar sem termos conciência disso.

Deixa ver se me explico melhor. Visito um blog e vejo o perfil. Os filmes, livros, música e o que mais lá houver. É impossível não formular uma ideia com base no que leio. Tudo bem. O errado está em classificar, rotular, arrumar em determinada prateleira, a pessoa que prefere os clássicos russos, o Kafka, "Os Miseráveis", o filme "A Leste do Paraíso", o "Há Lodo no Cais", a Virgínia Wolf (filmes e livros?), música Celta, Andina, Boleros e "fado não obrigada".

Deixa-me continuar, depois protestas. O erro não está em quem tem estes gostos. O defeito está em eu não imaginar uma pessoa (não conseguir classificar) com tais preferências. O texto (excelente) sobre os Pearl Jam, levam-me, com base nas ideias pré-concebidas, a catalogar tal pessoa em determinada estante. O desvendar das restantes preferências musicais, vem pertubar essa arrumação. E, se é simples não nos darmos ao trabalho de pensar, esse gosto, heterogéneo, obriga-me a rever os estereótipos em que me estava a lançar.

É evidente que não se conhece ninguém por uma manifestação das suas preferências culturais. Então, porque é que eu, apesar de procurar evitar os preconceitos, já ia lançado no julgamento?

Por preguiça e medo (é aqui que quero chegar!). Estamos habituados a não raciocinar. Em não perturbarmos o nosso sistema de valores. Em encaixarmos as pessoas nos lugares que pensamos serem os delas. Qualquer fuga ao padrão perturba-nos e obriga-nos a rever a nossa classificação. Se não encontramos, no nosso arquivo mental, lugar para uma fácil recolocação, mais perturbados/confusos ficamos.

Isto obriga-nos a pensar, a vencer os preconceitos, a voltar ao zero, a partirmos do nada. E isso inquieta-nos. É mais fácil arrumar uma pessoa debaixo de uma etiqueta e deixá-la lá ficar.

Este é um tipo de preconceitos, há mais, mas estes já me dão que fazer.

2006-09-17

FIM DA TARDE EM PINHAL NOVO


Pronto, esta não foi trabalhada em computador. Só está lá armazenada. E é a cores. E eu não sei se gosto mais do que da outra a preto e branco. A da árvore tem uma tensão, um ambiente pesado, uma nota de angústia, uma ameaça de temporal. Esta, é bonitinha.