SEM PALAVRAS

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2006-08-08

E O CALOR? SENHOR! O CALOR...

Levantei-me, espreitei lá para fora e fui a correr abrir as janelas todas. O céu estava fechado, mas o ar era fresco. Senti-me bem e respirei fundo. Um cheiro irritante, mas que me trazia à memória sensações agradáveis, baralhou-me. Depois, lembrei-me: era o da celulose de Setúbal. Há muito tempo que não o sentia. Há muito tempo que não vinha vento de sul. E este vento era fresco, vinha do mar, trazia chuva no ventre. Mas este era, somente, fresco. O que já era muito para os dias quentes que teimavam em durar.

Ao meio-dia já o cheiro tinha desaparecido da vila. O sol e o calor tinham ocupado o seu lugar.

E, com o subir da temperatura, subia a irritação. Por tudo e por nada. Comigo, a simpatia derrete-se acima dos 30 graus. Hoje esgotei-me em suor. Não há mais nada.

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