Lamúrias, queixumes, lamentos, desabafos, imprecações, pensamentos, estórias, comentários, transcrições e o que me apetecer de acordo com o estado de espírito do momento.
SEM PALAVRAS
2009-05-12
O SILÊNCIO COMO DEFESA
Construo uma muralha de palavras. Uma a uma vou erguendo essa barreira. Mas tu, batoteira, retiras só as que te interessam e fazes desmoronar toda a solidez. É fácil penetrar nas minhas defesas usando as minhas próprias armas. Escolhes as mais ambíguas, dás-lhes a ordem que te interessa em cada momento e atiras-mas com uma pontaria devastadora. A única maneira de me defender é o silêncio.
Construir muralhas é uma arte sagrada. Se construímos uma muralha que consideramos impenetrável, esquecemo-nos de deixar um modo de sair. Se a muralha é alta, deve ter uma base fraca. Se é baixa e robusta, saltam facilmente por cima dela. E por vezes, temos demasiado trabalho a construir uma, a fazer com que esta seja A Muralha, para depois descobrirmos que o que esta protege não a merece. De vez em quando, o melhor é partilhar com amigos e conhecidos, e construir uma muralha em conjunto, forte, mas com portas e janelas que permitam uma aproximação lenta. E uma boa relação no futuro.
2 comentários:
Construir muralhas é uma arte sagrada. Se construímos uma muralha que consideramos impenetrável, esquecemo-nos de deixar um modo de sair. Se a muralha é alta, deve ter uma base fraca. Se é baixa e robusta, saltam facilmente por cima dela. E por vezes, temos demasiado trabalho a construir uma, a fazer com que esta seja A Muralha, para depois descobrirmos que o que esta protege não a merece. De vez em quando, o melhor é partilhar com amigos e conhecidos, e construir uma muralha em conjunto, forte, mas com portas e janelas que permitam uma aproximação lenta. E uma boa relação no futuro.
Gostei da volta que deste ao texto. Transformaste-o numa esperança possível. Obrigado.
Enviar um comentário