SEM PALAVRAS

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2009-04-17

A CUNHA

Sinto que dobrei a esquina do tempo. Que o que tenho para fazer não cabe no espaço temporal que me resta. Tento acelerar tudo, não perder tempo com ambiguidades nem futilidades. O talvez foi arrumado a um canto. Passei a exigir sim ou não. Mas quanto mais apresso as situações mais me aparecem. Inesperadas, mas imperativas. A minha pressa levanta mais questões do que aquelas que eu tinha planeado.

Devo abrandar e cingir-me ao tempo normal ou saltar por cima dos casos mais problemáticos, logo mais demorados, e entrar apenas nos desafios viáveis? A dificuldade é que, por vezes, os que levantam mais problemas são os mais interessantes. É um dilema que nunca resolverei. Porque quero agarrar tudo e agora. Dedicar-me intensamente a cada situação. Se possível, viver dois dias em cada um.

Eu sei que não vai dar, que preciso de uma grande cunha para ter uma segunda vida ou um prolongamento desta por tempo indeterminado. Alguém pode meter a cunha por mim?

1 comentário:

Sofia Carvalho disse...

O S. pedro anda de mal comigo. Deus está sempre ausente...Se me dizeres a quem poderei pedir, eu tento, sem prometer nada, claro!